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  9 de outubro de 2023

Galeria Lume apresenta “Variações do corpo selvagem”, primeira individual do artista Saulo Szabó.


Fonte: Isabella Bayadjian – Galeria Lume

Fotos: Divulgação

Com uma seleção de obras inéditas que nascem a partir da coleta de materiais e da produção da própria matéria-prima, Szabó salienta a energia cíclica do natural e conduz o visitante a criar outros entendimentos sobre o entorno, especialmente a natureza.

Em sua primeira individual, a ser inaugurada sábado, 21 de outubro, no espaço expositivo II, Saulo Szabó apresenta “Variações do corpo selvagem”, parte do projeto Alumiar, criado pela Galeria Lume, que tem o intuito de dar luz a pesquisa de artistas em início de carreira que ainda não possuem representação e tampouco fizeram uma exposição individual na cidade de São Paulo. Com texto curatorial de Ana Carolina Ralston a mostra traz uma seleção de obras que transitam entre o desenho, a escultura e a pintura, todos produzidos a partir de matéria natural coletada pelo artista durante suas viagens pelo  Brasil.

É em meio a natureza que o trabalho de Saulo se transforma. Transforma-se como na Lei de Lavoisier, que afirma que “Na Natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. Partindo do interesse pela diminuição do consumo de materiais industriais e os danos causados ao meio ambiente, o artista utiliza muitas vezes técnicas ancestrais e de culturas originárias para a produção da matéria prima que compõe sua produção.

De esculturas orgânicas com diferentes texturas, as quais se pode tocar, aos desenhos em giz de pigmento natural – produzidos pelo próprio artista – onde observamos o acúmulo de camadas de matéria, Szabó traz às paredes da galeria o calor e a vida da natureza, e convida o visitante a praticar novas maneiras de percepção do entorno e contemplação das obras, observando as cores e texturas diversas.

Durante toda a produção do artista há uma intenção inerente de compartilhar um conhecimento elementar sobre a natureza que foi sendo perdido com a disseminação das culturas modernas. Através de suas mãos, Saulo transmuta a matéria natural, que ao nosso redor sempre esteve presente, e guia os devaneios do visitante a um lugar selvagem e intrínseco. Com o selvagem que habita em nós.