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  22 de abril de 2024

Casa Vogue mostra a revolução feita por Dado Castello Branco para acomodar obras de arte, design, família e amigos em seu lar


Fonte: Eliana Martins de Castro – a4eholofote Comunicação

Fotos: Fran Parente/Divulgação

A seção Universo Casa Vogue, da edição de abril da revista Casa Vogue, traz o apartamento do arquiteto Dado Castello Branco, na Vila Nova Conceição, em São Paulo. Na reforma empreendida, ele revolucionou os ambientes, dando aos 512 m² uma configuração totalmente nova para acomodar sua coleção de arte e peças de design com a família e os amigos.

A planta deveria oferecer conforto, fluidez e espaços para serem compartilhados e por isso, depois de terminada a obra orquestrada por Dado, restou intacta apenas a paisagem que se descortina do terraço.

“Usamos travertino no piso, mármore Paraná no aparador da sala de jantar, cabreúva como madeira principal e tecidos de tons neutros. As obras de arte são coloridas e diversas. Por isso fazia sentido pensar nessa composição equilibrada, que não disputasse atenção com elas”, descreve o arquiteto sobre os cenários protagonizados por criações fortes de diferentes artistas.

Por ser o ponto de partida da reforma, a coleção de arte foi determinante para as escolhas. Afinal, cada obra carrega capítulos notórios da história da arte brasileira, assim como o olhar apurado de quem habita os espaços. “Precisávamos pensar em paredes adequadas para o acervo, que influenciou também o trabalho de marcenaria e o layout geral, já que tínhamos peças de piso no projeto”, relembra – caso da escultura de Frans Krajcberg que ocupa lugar de destaque no living.

Além dele, o cuidado com Alfredo Volpi, Vik Muniz, Tarsila do Amaral e Abraham Palatnik se estendeu, naturalmente, à iluminação, concebida em conjunto com Maneco Quinderé, lighting designer que assina de cenografias a propostas arquitetônicas há quase 40 anos.

“No terraço criamos uma luz mais aconchegante e intimista, que ainda assim valoriza as obras de arte”, pontua Dado. Trata-se de uma família que se cerca de amigos, e recebê-los bem, com a iluminação correta e estofados generosos, era uma das premissas do projeto.

Entre ícones do design brasileiro, de Jorge Zalszupin a Zanine Caldas, o aqruiteto também deixou o seu traçado na mesa de escritório desenvolvida para a Etel, posicionada no terraço. O local é uma atração à parte, reunindo diferentes usos. “Além de lounge e bar, pensamos em um lugar onde o morador pudesse trabalhar aproveitando a vista com luz natural.”

Toda a área social foi unificada. Assim, jantar, living e terraço não possuem barreiras. Para isso, o caixilho da janela foi retirado e o piso, nivelado. “O resultado é um local interessante de convivência”, declara Dado, que vislumbrou ali o tipo de cenário que lhe proporciona prazer em projetar. “Gosto de desenhar livings aconchegantes em que as pessoas sintam vontade de passar o tempo. Criamos espaços de estar e de ficar.”

Todo o apartamento é um lugar também de contemplação das obras que a família tem adquirido. E, se a iluminação foi planejada com tanto apuro para valorizá-las, a forma de expor a coleção não ficou atrás. Há o Kracjberg imponente na entrada, e uma peça elevada a status de arte: o cavalete de concreto, madeira e vidro criado por Lina Bo Bardi, em 1968, para exibir o acervo do Museu de Arte de São Paulo (Masp).

Um olhar para os outros cômodos revela a atenção aos detalhes e ao mix preciso de revestimentos, como na suíte principal, em que o mármore Carrara marca presença junto do freijó natural. O conceito de arte, por ali, se impõe.

Confira o conteúdo completo da reportagem na edição de Casa Vogue de abril, disponível em versão digital e nas melhores bancas do país.