Congresso internacional discute como a educação pode ser catalisadora de processos de reconciliação e solução de conflitos
Fonte: Airton Gontow – Gontof Comunicação
Fotos: Divulgação
De 21 a 23 de setembro, o evento, realizado pela organização Mãos para Paz reunirá organizações e pessoas de vários países para discutir sobre como combater o ódio, a xenofobia e a violência gerados pelo discurso da ideologia do medo. Na abertura do 1º Congresso Internacional de Educação para a Paz e Não Violência, haverá um ato interreligioso em homenagem à Mãe Bernardete, assassinada recentemente. A Mãos para Paz atua em Israel, Palestina, Portugal e Brasil. No Congresso, as palestras serão online e as Maratonas de Oficinas presenciais.
Organizações, instituições públicas e particulares, acadêmicos, educadores, terapeutas, ativistas e estudantes de vários países participam de 21 a 23 de setembro do 1º Congresso Internacional de Educação para a Paz e Não Violência, evento híbrido, com palestras virtuais e oficinas presenciais em Salvador, Rio de Janeiro, Curitiba e São Paulo. No Congresso, organizado pela associação Mãos para Paz, com a parceria da Unijorge (Centro Universitário Jorge Amado), da Bahia, os participantes vão procurar entender as grandes transformações que ocorrem no mundo e, ainda, discutir sobre como podem atuar para combater o ódio, a xenofobia e a violência gerados pelo discurso da ideologia do medo alimentado por teorias da conspiração e ignorância. Serão inicialmente um dia de abertura e dois de imersão, com palestrantes nacionais e internacionais apresentando online seus trabalhos, vivências e experiências e levando a importantes debates e reflexões sobre a temática da violência e dos conflitos interpessoais, comunitários, religiosos, raciais, de gênero e internacionais e sobre como a educação pode ser um catalisador de processos de reconciliação e solução de conflitos.
No dia 21, Dia Internacional da Paz (criado pelas Nações Unidas em 30 de novembro de 1981), a partir das 19h será realizada a abertura, presencial, em Salvador, e online, com apresentações dos grupos artísticos Quabales e Sumermo Music – e do cantor Tito Bahiense, todos da Bahia. Também será feito um ato interreligioso em homenagem à Mãe Bernardete (Maria Bernardete Pacífico, ialorixá, ativista e líder quilombola, nascida em 1951 e assassinada no último dia 17 de agosto) e a todas as pessoas mortas por sua cor, raça, religião e gênero. No domingo, dia 24 , será realizada a ‘Caminhada Mãos para a Paz”, também em homenagem à Mãe Bernardete e contra a Violência, com início às 9h, a partir do Farol da Barra, em Salvador.
Nos dias 22 e 23, acontece uma intensa programação, com seis sessões online, com palestras e debates interativos. “Optamos pela programação na plataforma online por razões de viabilidade econômica e para expandir nossos horizontes com a possibilidade de incluir mais pessoas no mundo digital sem fronteiras, para promover diálogo e riqueza de pensamento crítico e edificante”, diz Davi Windholz, presidente do Congresso e cofundador da Mãos para a Paz, cidadão brasileiro e israelense, que atua em Israel, Palestina, Portugal e no Brasil. “A plataforma do Congresso online, com tradução simultânea para o português, espanhol e inglês, nos possibilita alcançar um público de diversos países e faixas etárias, que proporciona a tão necessária democratização do conhecimento de qualidade nas redes, no momento inundadas de correntes extremistas e com conteúdo de ódio e desinformação. Precisamos ocupar os espaços”, diz, acrescentando que nos dias 25 e 27 de setembro acontecem, respectivamente, os Círculos de Escuta e a Maratona de Oficinas em Salvador,com atividades presenciais, na Unijorge. Depois serão realizadas Maratonas de Oficinas presenciais nas outras cidades programadas (dias e horários serão divulgados em breve). De acordo com Windholz, as oficinas presenciais em várias cidades do Brasil darão mais uma dimensão ao projeto na elaboração de ideias que devem contribuir para a criação e aprimoramento de políticas públicas e metodologias transformadoras, além de congregar em cada cidade um primeiro grupo de trabalho.
“A nossa visão educacional tem tudo a ver com a visão de Nelson Mandela de que ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele ou por sua origem ou sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender. E se elas aprendem a odiar, podem ser ensinadas a amar. Paulo Freire disse ‘não há saber mais ou saber menos, há saberes diferentes’. A rede Mãos para Paz será o ponto de encontro dos saberes teóricos e práticos da educação para paz e não violência. A paz é mais do que a ausência de guerra; é viver junto com as nossas diferenças – de sexo, raça, língua, religião ou cultura –, enquanto promovemos o respeito universal pela justiça e pelos direitos humanos”, diz Davi Windholz.
Entre os palestrantes e debatedores internacionais, estão Ali Abu Awwad (Palestina), Davi Windholz (Israel), José Francisco de Almeida Pacheco (Portugal), Robi Damelin (Israel), Pietro Nardella Dellova (Itália), Shuli Dichter (Israel), Maria Belén Garrido (Equador), Elisabete Pinto da Costa (Portugal), Alexandre Pereira (Portugal), Dalila Paulo (Portugal), Michael Sela Avraham (Israel), Massimiliano Verde (Itália) e Maher Hassan Musleh (Austrália). Entre os palestrantes do Brasil, estão Ana Célia da Silva, Roberto Crema, Ari Marcelo Solon, Iyá Adriana de Nanã, Marcos Alan Ferreira, Lydia Rebouças, Léo Gerchmann, Iris Sinoti e Cláudio Sinoti, Rabino Guershon Kwasniewski, Dep. Olívia Santana, Paulo Roberto Loyolla Kuhlmann, Denis Plapler, Susan Andrews, André Luiz Actis, Alessandra Gaidargi, Sami Storch, Daniel Munduruku, Nei Alberto Salles Filho, Bárbara Tomiatti, Lama Padma Samten (budista), Carla Habif, Sheik Rodrigo Jalloul (muçulmano), Ivan Durães (protestante) e Hanayana Brandão.
Segundo Windholz, após o Congresso serão realizados encontros mensais que buscarão dar continuidade à troca de saberes. “É tempo de reconstrução e reinvenção das abordagens educacionais. Junte-se a nós e faça parte das potenciais soluções que teceremos juntos para diminuir a iniquidade e permanecer coesos na incessante busca da igualdade e da justiça socioambiental. Só assim teremos chance de dar chance à Paz”, diz o site do evento.
PARA SE INSCREVER PARA O CONGRESSO
Para se inscrever para o Congresso, o link é https://congressoedupaz.com.br/inscricoes. Para o Congresso online, o preço é de R$ 200,00. Para participar da Maratona de Oficinas (presenciais), o preço é de R$ 150,00. Para participar do Congresso online e das Maratonas de Oficinas (presenciais), o preço é de R$ 310,00. (Estudantes e pessoas com adversidades financeiras têm 50% de desconto em qualquer uma das modalidades de participação. Para isso, basta usar o cupom “EDUPAZSOCIAL”, que está no carrinho de inscrições para o Congresso. Após a inscrição serão enviados o link e a senha das quatro palestras do Pré Congresso que foram realizadas nos meses de julho e agosto).
Autoridades do Estado SP prestigiaram empresário de Socorro na capital Paulista
Deputado Luiz Carlos Motta Recebe Título de Cidadão Emérito de Ribeirão Preto