Dia Nacional do Combate ao Diabetes
Fonte: Edna Vairoletti – Imprensa ABRAN
Foto: Divulgação
O Diabetes é uma preocupação crescente, tanto no Brasil quanto no mundo. Dados da pesquisa Vigitel Brasil 2023 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) mostram que a condição atinge 10,2% da população brasileira. O país é o quinto no ranking mundial, atrás apenas dos Estados Unidos, China, Índia e Paquistão.
Globalmente, a Federação Internacional de Diabetes estima que mais de 530 milhões de adultos viviam com diabetes em 2021, com projeções alarmantes de crescimento para os próximos anos. Para conscientizar sobre os riscos da doença, em 26 de junho celebra-se o Dia Nacional de Combate ao Diabetes.
O que é o Diabetes?
Considerada uma doença crônica, acontece quando o corpo não produz insulina suficiente ou não consegue usar adequadamente a insulina produzida. A insulina é essencial para permitir que a glicose dos alimentos entre nas células e seja utilizada como energia. Sem insulina eficaz, os níveis de glicose no sangue se elevam, gerando diversas complicações de saúde. A doença se manifesta de duas formas principais:
Diabetes Tipo 1: Ocorre quando o sistema imunológico ataca e destrói as células beta do pâncreas, responsáveis pela produção de insulina. É geralmente diagnosticado em crianças e jovens adultos.
Diabetes Tipo 2: A doença resulta da resistência à insulina e uma deficiência relativa de insulina. Está associada a fatores de risco como obesidade, sedentarismo e alimentação inadequada, sendo mais comum em adultos.
“Um dos grandes problemas da diabetes é que, muitas vezes, ela é uma doença silenciosa. Quase metade das pessoas com o tipo 2, o mais comum, nem sabe da presença da condição e quando descobre pode ser tarde demais”, destaca o Prof. Dr. Durval Ribas Filho, médico nutrólogo, Fellow da Obesity Society FTOS – USA e Presidente da ABRAN – Associação Brasileira de Nutrologia.
Segundo o especialista, é preciso estar atento a alguns sintomas comuns, como o excesso de sede e o aumento da diurese, quando a pessoa precisa ir inúmeras vezes ao banheiro, em especial durante a noite.
Riscos à saúde
O diabetes pode levar a várias condições graves, especialmente se não for adequadamente controlado. As principais complicações incluem:
Doenças Cardiovasculares – Maior risco de ataques cardíacos, Acidente Vascular Cerebral (AVC) e hipertensão.
Neuropatia Diabética – Danos aos nervos periféricos, especialmente nas pernas e pés, que causam dor, formigamento e perda de sensibilidade.
Doença Renal Diabética – Prejuízos aos rins que podem progredir para insuficiência renal crônica.
Retinopatia Diabética – Problemas nos vasos sanguíneos da retina, levando à visão turva, manchas ou pontos na visão e até a cegueira.
Pé Diabético – Infecções e úlceras nos pés, devido à má circulação, e danos aos nervos. Pode levar a amputações se não tratadas adequadamente.
Riscos na Gravidez – Probabilidades de pré-eclâmpsia, parto prematuro e complicações durante o parto, além de possível má formação congênita no bebê.
Prevenção é essencial
Fatores comportamentais têm importante papel no surgimento do diabetes. “O crescimento dos casos do tipo 2, apontado em inúmeras pesquisas, se deve ao estilo de vida pouco saudável da população, como o sedentarismo e a má alimentação”, explica o médico nutrólogo.
A prevenção, de acordo com o Prof. Dr. Durval Ribas Filho, envolve uma combinação de mudanças no estilo de vida, que podem reduzir significativamente o risco. Ele destaca as principais orientações:
Adotar uma dieta balanceada: Alimentação saudável é essencial, com a inclusão de mais vegetais, grãos integrais, proteínas magras e gorduras saudáveis nas refeições.
Reduzir o consumo de açúcar e gorduras saturadas: Evitar bebidas açucaradas, doces, alimentos ultraprocessados em excesso e as gorduras trans.
Comer mais fibras: Os alimentos ricos em fibras ajudam a controlar os níveis de glicose no sangue e proporcionam saciedade, prevenindo os excessos à mesa.
Controlar o peso: Perder peso, mesmo uma pequena quantidade (5-7% do peso corporal) pode reduzir significativamente o risco de diabetes tipo 2.
Praticar atividades físicas: Realizar, pelo menos 150 minutos por semana, de atividades como caminhadas e natação, além dos exercícios de fortalecimento muscular.
Parar de fumar: O tabagismo aumenta o risco de diabetes tipo 2 e suas complicações cardiovasculares.
Limitar o álcool: Beber com moderação, em todas as ocasiões, ajuda a combater o diabetes e outras doenças.
Fazer os exames de saúde: Importante, especialmente com o envelhecimento, realizar check-ups regulares, incluindo exames de glicemia, para monitorar os níveis de açúcar no sangue.
Buscar apoio profissional: Manter-se atento e informado sobre os fatores de risco e os sintomas do diabetes e consultar, com regularidade, um médico ou outro profissional de saúde, para orientação adequada.
Treinamento de Vias Aéreas Avançadas capacita enfermeiros do Hospital Unimed São Domingos
Ben Affleck é apontado como o homem mais bonito entre todos os eleitos pela revista People